terça-feira, 8 de junho de 2010

Coisas do coração.




Amar é a melhor coisa que um ser humano pode fazer em sua curta estadia neste mundo.
Eu tive o privilégio de amar um dia de fato e de verdade digo isso com a maior satisfação, pois o amor me ensinou a viver e graças a ele hoje explicitarei esta fantástica experiência neste papel.
Eu tinha oito anos, tinha me mudado para Santa Luzia aos seis.
Logo em seguida veio a família Quiaques de mudança para o mesmo vilarejo, e detalhe fora morar na mesma rua que a minha era a rua Mucurici.
A mudança era simples muitas plantas, animais, poucos móveis e uma família enorme de onze, comum na minha terra.
Bem até aí tudo bem nada de estranho até eu ver uma menina da mesma faixa etária que a minha apesar da pouca idade já apresentava uma silhueta que me causou uma estranha sensação.
Seu nome Andréia sinônimo formosura, apesar da minha timidez eu me aproximei para ver aquela garota tão espetacular que desbancava todas as outras daquele lugar.
Dinovo vinha aquelas estranhas sensações que provocavam o meu corpo a minha ingenuidade não me explicava tal fato. A timidez me impedia de falar sobre essas coisas esquisitas com o meu pai, homem de bom coração, porém vivia sempre exausto pela dura carga de trabalho que enfrentava. A minha mãe um doce de pessoa, mas com muitos afazeres nas tarefas do lar, não tinha coragem de proferir aquelas coisas tão pessoais e estranhas, tinha um amigo de infância apesar de mais velho que eu não sabia explicar direito aquelas coisas, ele dizia e só chegar e beijar, o seu mal é essa maldita timidez, e digo mais, ela ainda vai lhe fazer sofrer muito se você não vence-la . Eu tentava disfarçar dizendo não eu vou mudar a verdade é que a covardia era mais forte, procurei descobri sozinho.
O fato era que toda vez que eu a via sentia meu coração acelerar parecia sair pela boca, as pernas ficavam bambas o meu rosto corava e meus primeiros impulsos de homem já davam sinal o que me deixava constrangido por tal acontecimento.
Ao passar de uma semana, fomos nos aproximando através do famoso Pique-Bandeira, brincadeira que apelidávamos de Sandalhinha, pois ao invés da bandeira era usada sandália.
Eu buscava sempre vencer para me destacar entre os outros colegas, implorava aos céus para fica no mesmo time que ela só para ficar mais próximo dela.
Na segunda semana Andréia já freqüentava a minha casa, estávamos próximos, porém só na amizade, bem já era um começo, pensei eu.
Estudávamos na parte da manhã a tarde ela ia para a minha casa para eu auxilia-la com os exercícios escolares, eu enrolava ao máximo só para ficar mais tempo ao seu lado. Ela não parecia se incomodar com a minha companhia ao contrário ela fazia questão de ir todos os dias lá em casa.
A tarde quando a mãe dela a chamava, eu ia para aças dela brincar com o caçula da família era uma forma que eu encontrei para ficar mais perto dela.
Os anos passaram depressa e conseqüentemente as primeiras espinhas vieram.
Ela, porém permanecia com aquela pele apessegada, aquele corpo que fervilhava as minhas idéias.
Porém a timidez ainda era um problema, agora já entendia as reações antes e ainda sentidas era desejo.
Os meus hormônios me contaram que eu era um vulcão preste a entrar em erupção.
O seu jeito sapeca aflorou e ela já começava a usar o seu corpo para se divertir comigo, pois me via suando embasbacado quando a via de biquíni tomando banho de rio.Eu não sabia nadar e ficava somente com os pés nágua. Apreciando aquela musa deslizar calmamente sobre as doces águas transparentes.
Apesar de ela se insinuar na minha frente, nenhuma palavra era proferida apenas um sinal de um tímido sorriso era exposto em seus carnudos lábios.
Aos dezesseis resolvi me declarar, pois no final de semana haveria uma festa, essa seria a oportunidade perfeita eu vivia sem dinheiro, pois trabalho era difícil para encontrar e quando encontrava era trabalho muito pesado, eu que não tinha a saúde perfeita agora teria que dar um jeito de comprar um presente e me declarar a ela.
O universo conspirava favor, na mesma semana apareceu um trabalho para fazer, a minha ex professora de português precisava que capinasse um imenso quintal, carregasse o lixo e retira o excesso de terra que o rastel deixara.
Assim o fiz depois de capinar, carreguei o lixo, e transportei em um carrinho de mão cento e vinte vezes, o mesmo cheio de areia. As mão empretaram de calo de sangue, a coluna estava massacrada mas o meu objetivo estava sendo alcançado.
Peguei o suado dinheiro e comprei um pingente dourado com um coração, era de ouro me garantiu a vendedora. A sua namorada vai amar disse ela.
Pronto aquilo era um bom sinal o vento soprava ao meu favor, naquele instante fui tomado por uma força e me enchi de coragem, fui até a casa dela chamei a num canto e lhe presenteei com o cordão.
Ela se assustou com a preciosidade, por um instante quis recusar dizendo que não era digna de usar tal jóia, eu insistir disse que me chatearia se ela não aceitasse.
Por fim ela aceitou me deu um beijo na face, e agradeceu me. Tomei coragem e me ofereci a coloca-lo a jóia em seu delicado pescoço, ela fez sinal com a cabeça que sim, suei frio, as mãos trêmulas quase sem força para abotoá-lo.
Por fim consegui, ela pegou um pequeno espelho e observou depois girou duas vezes na minha frente fazendo pose, e me agradeceu com mais um beijo na face dizendo você é um amor sabia?
Como queria beija-la nesta hora, porém me contive ainda não era hora certa nem o lugar certo para aquele tipo de coisa, o puritanismo falara mais forte.
A noite chegara eu me arrumara todo com a melhor camisa, calça e tênis, peguei a colônia do meu pai arrepiei o cabelo, e parti para o ataque a festa começara as 23:00 hs.
Ao chegar no clube a praça estava lotada, procurei- á por todos os lado e não a vi.
Resolvi comprar o convite e procurá-la, dentro do salão quando pisei no salão as luzes negras se ascenderam e uma romântica música começou a tocar apesar do salão lotado eu consegui ver ao meio um reluzi forte, era o brilho do cordão que se acendera com a luz negra.
Fui me aproximando ela não me viu estava de costas quando cheguei mais perto a vi dançando aos beijos com meu melhor amigo.



Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira ).

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