
Hoje, uma carioca noite fria.
Como qualquer noite fria carioca.
Saio maravilhado, da aula de literaturas.
Ainda aquecido pela Carioca de Chico, e pela Carioca de Volpato.
Saí como louco em busca da Minha Carioca, perânbulando pelas curvas, que me guiavam.
Era como se o mapa da esperança se abrisse em minha frente e me indicasse o caminho.
Para que eu vinhesse encontrar a silueta perfeita, só para eu beijá-la.
Sim! Porque não?
Se o lugar era propício, e ainda estou sentindo o encanto entre o canto e o conto.
Que ela venha, negra como a noite, ou pálida como a lua, ou se preferir que
venha radiante como as estrelas.
Sim, que ela venha alumiar a janela da minha alma, que ela venha, venha venha...
Mas para a consumação da minha desgraça e desespero ela não veio, não estava lá.
Lá , só um casal que se abrasavam na icógnita luz.
Alimentando ainda mais o meu o meu desejo de beijá-la.
O suor gelado caiu em meus olhos, rapidamente limpei como quem limpa uma lágrima.
Focando o olhar somente para frente, enchi os pulmões de ar e gritei:
- Uma carioca sem gelo.
Como num passe de mágica ela apareceu despida e quente do jeito que eu queria.
Mergulhou em minha boca de forma avassaladora, acelerando o relógio da vida .
O frio fora rompido subtamente, o aroma era agradável, naquele momento pude senti o gosto de cada Carioca.
A de Chico, A de Volpato e A Minha.
A tríade perfeita estava formada alí. Todas num só lugar.
Meu corpo ficara aceso, em chamas ou melhor em brasa viva.
Procurei degustar cada precioso segundo sem pressa.
Parecia que tudo a minha volta estava parado, e o universo conspirava ao meu favor,
curtindo aquele momento comigo.
Eu fiquei alí, estagnado, absorto, consumido por tamanha experiência, que arrebatava a minha alma de uma só vez, para o planeta mais distante.
No entanto a injúria voltara, em forma de aviso, deixando em mim,a seta do agudo lamento por ter acabado aquela magnífica experiência.
Pois é acabou.
Sem romantismo, sem churumelas.
Sim.
Foi assim.
Acabou assim.
Seco.
Num relance Tudo chegara ao fim.
Após acabar, virei saí sem olhar para trás.
Nenhuma palavra fora pronunciada.
Deixei apenas um bilhete relatando o prazer, e o anceio que eu sentira a pouco.
Só isso, mais nada, tranquei os lábios conservando um resquício de calor e sabor, que elas deixaram tatuada em minha lingua, como marca de triunfo a guardei.
Ao chegar em casa, sinto frio que me envolvera no início da noite, só então me dei
conta da hora, são 02:32 am. Bocejei, me agasalhei com o sono, e me cobri com o
vento frio.
Mas antes de dormir ainda pude sentir mais uma vez o gosto da Carioca de Chico, da
Carioca de Volpato e da Minha Carioca, que eu encontrei e provei, uma não as três.
As três numa perfeita noite fria.
Relatado num bilhete deixado para trás.
“ Chico gostei das três, elas são fantásticas. Amanhã passarei aí para provar mais uma. Ou umas três garrafas ou mais”.
Autor: Uésley Santos ( Arcanjo Pereira).
Salve...a carioca...o vento frio...a noite...e você!
ResponderExcluirBeijos...