segunda-feira, 5 de abril de 2010

Aos Arqueólogos da palavra.































Com a ferramenta do ofício eles escavam e desenterram as belas relíquias que seus antepassados a enterraram deixando para todos os herdeiros o legado da palavra.
Porém o que adianta tamanho valor se não sabem usufruír dos bens recebidos?
Do que adianta tamanha preciosidade se são lançadas ao vento em forma de palavras doentias?
Por acaso não infectam a muitos com terrível e mortal veneno?
Do que vale toda essa intelectualidade, se vocês já tem seus discursos prontos e suas opiniões formadas?
Será que os mortos apenas observam? ou se contorssem em seus túmulos por tamanha cegueira dos tolos que se acham vivos para enganar os outros com seus discursos pobres e patéticos? Por ventura não perceberam as falhas que trazem a tona no som de suas inseguras palavras? Expondo a mudez do seu pobre espírito?
Não seria ele revelado na nudez de um corpo vazio, sem vida e sem alma mostrando apenas sua casca?
Nascendo e se fortalecendo em um corpo sedento por elogios e palmas para manter vivo o seu égo?
Tornando - se mais um na multidão de necrópitos literários
Vagando perdido por aí?
Sois vós cadáveres soltos eufóricos na noite.
Perânbulando com seus mórbidos sarais
E com suas ampulhetas mortais
Preenchendo com tempo seus cérebros ocos.
Assim caminham muitos, que se dizem poetas,
Surdos e loucos, só querem falar, qualquer coisa pertinente ou não, que se dane os outros.
É com imensa alegria que dedico estas palavras a vocês violados túmulos de idéias insanas e podres, que se lançam em seus sepulcros caiados no qual escondem seus mortos vivos entitulados como, "ilustres doutores das leitras".


Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira ).

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