terça-feira, 13 de abril de 2010

Conto "Meu Amado Cãozinho".























Eu me lembro como se fosse ontem para falar a verdade tenho ainda guardada na memória a data foi no dia 27/07/1996, ganhei o melhor presente de aniversário de toda a minha vida, ganhei um cãozinho da raça Chihuahua ele era fofinho, como se fosse de pelúcia, o seu pelo sedoso brilhava como o sol. Lá em casa foi uma grande festa, com a chegada do tiquinho, nome que eu dei ao meu minúsculo cão, todos riram mas eu não estava nem aí para eles, o que eu queria mesmo era brincar com ele no meu quarto. Eu era a pessoa mais feliz do mundo ao lado dele.Nos primeiros dias Tiquinho não parava de latir, eram latidos estridentes que doía os ouvidos,porém ninguém reclamou, ou fez cara feia, ou murmurava ao contrário achavam até graça dos seus agudos latidos, que por sinal ecoava toda a casa. Passado uma semana continuava a mesma ladainha lá estava tiquinho com seus ensurdecedores latidos porém as meus pais nada falavam contra o meu cãozinho. Acho tinha medo de me magoar caso falassem mal do meu cãozinho pois eu me apeguei a ele de tal forma que parecia carne e unha.Ao passar um mês vi o meu pai cochichando alguma coisa para a minha mãe, quando cheguei perto o meu pai sorriu e me abraçou me dizendo:
Papai te Ama.
Ele me pegou nos braços e me rodou como pião, depois disse:
Vá brincar com seu cãozinho meu anjo.
Assim o fiz, fui andando em direção a sala papai continuou a conversando com Mamãe no mesmo tom de cochicho. Eu não sabia o que era mas também não me importava eu só queria fazer carinho no meu tiquinho de cão. No meu cão tiquinho, Brinco com as palavras pois brincava-mos todos os dias até tarde, certa noite quando estava-mos dormindo tiquinho ouviu um barulho, começou a latir depois parou, ninguém deu importância pois era somente os latidos costumeiros de tiquinho que meus pais presenciavam todas as noites e até sentiam –se embalados por aqueles agudos sons caninos.No dia seguinte a surpresa Tiquinho estava deitado junto a porta com imóvel dormindo um sono profundo descobri então que era o sono eterno, tiquinho fora envenenado, por um anônimo que não agüentava mais os seus agudos latidos.



Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo pereira ).

Um comentário:

  1. Oh dear, what a sad story. You must have suffered so badly. So sorry.

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