È com pesar que descrevo esse acontecimento, porém me vejo obrigado a contra dizer me dizendo que também é um prazer lembrar, Pois tenho esperanças de manter vivo em você a minha história.
Vou começar “AQUI”. Eu menino que residia no interior do Espírito Santo (ES). Passava por alguns anos difíceis, acreditem não tem coisa pior do que ser um “SER” incompreendido vou explicar melhor Ex: "Eu" tinha um sonho de me tornar um escritor, mas ninguém me apoiava, se Eu escrevesse uma poesia ninguém tinha paciência para ouvi-la, se "Eu" escrevesse uma letra de uma Romântica música e cantarolasse as pessoas simplesmente conversavam no meio da canção. Muitas das vezes via o meu pai sendo humilhado por não me colocar para trabalhar em serviço pesado, Mas meu grande herói pai dizia “ Não. O meu filho vai ter o que eu não tive , ele vai ter uma boa formação e ser um doutor das letras” Todos estes acontecimentos foram se transformando em um turbilhão de medos e dúvidas, e inquieto pensava: será que estou ficando louco por expressar os meus sentimentos em um papel? E para piorar as pessoas viviam me dizendo que “ Quem ler muito fica louco”.Mais uma vez as dúvidas vinham se divertir ás minhas custas dizendo: “será que sou louco Por Gostar de Ler?”
Mas logo recobrava o ânimo e jurava para mim mesmo que um dia Eu iria honrar o meu pai.
A minha cabeça fervilhava entre as interrogações ,e o pior não tinha ninguém para esclarecê-las os fantasmas das dúvidas viveram comigo por um bom tempo. Até que um dia quando já era maior de idade decidi ir tentar a vida no Rio de Janeiro (RJ).
Três semanas antes de tomar essa decisão mal conseguia dormir preocupado com um mundo que teria que enfrentar para sobreviver, além do fator financeiro que me perturbava pois só tinha dinheiro para ir, se caso Eu não gostasse teria que me virar de qualquer jeito. A despedida foi dolorosa e assim deixei o meu pacato lugar e fui para a agitada cidade do RJ. Cheguei de manhã com R$ 5,00 no bolso era o que tinha peguei o minguado dinheiro e comprei um pacote de balas, e comecei a vender pelos arredores da rodoviária depois fui até o centro da cidade.
No final da tarde Eu estava exausto e com R$ 7,00 no bolso, sentei – me num banco de praça meio desnorteado e desiludido quando ergui a cabeça e vi uma estátua de um imponente escritor, ele trajava um elegante terno, tinha uma barba cheia, óculos pequenos cheguei mais perto e li a plaqueta e nela estava escrito que aquele hoje importante escritor, outrora saíra de um morro chamado “ Morro do Livramento” dizia também que antes daquele homem adquirir o seu valor na sociedade como escritor, tinha sofrido muito preconceito por ser Mulato, pobre, e por sofrer ataques epiléticos.
Pensei empolgado” Um dia quero ser igual a esse homem e vou me tornar um grande escritor, terei reconhecimento e então farão a minha estátua, e assim honrarei o meu pai.”Após ler, fui até uma livraria e perguntei ao vendedor quanto custava um livro daquele famoso escritor? o vendedor olhou - me de cima em baixo e disse com um certo desprezo custa R$ 78,28. Lamentei em pensamento pois só tinha R$7,00 agradeci e sair da livraria com um único pensamento eu iria ler aquele livro de capa preta e amadeirada de qualquer jeito, trabalhei dia e noite dormindo poucas hora passa o dia a pão e água, no final da segunda semana lá estava Eu com precisamente R$ 78,28 no bolso, fui correndo até a livraria comprei o almejado livro de capa preta e amadeirado daquele importantíssimo escritor pedi para embrulhar para presente pois em toda a minha vida Eu nunca tinha ganhado um presente tão caro.
Sair eufórico da livraria e fui correndo em direção do banco de praça onde estava hospedado á duas semanas quando der repente escutei um estampido ensurdecedor que me fez parar, senti que um líquido expeço escorria da minha nuca passei a mão.
Notara que aquele líquido era de com avermelhada, der repente fui me desequilibrando e caí “ALÍ”em frente aquela imponente estátua, sentir os meus olhos embaçando e numa espécie de reflexo rasguei com tamanha sofreguidão aquele papel de presente para ler o conteúdo daquele virgem livro, fui o primeiro a degustar aquela famosas frases na qual dizia:
“ Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança.Estas memórias Piiiiiii”.-------^-----^^^-------^-- Desculpe por não continuar essa história oral, a minha boca já não me obedece mais
------^-------^---------------Se "Eu" tivesse uma caneta para termina – la. Mas o único dinheiro que tinha Eu comprei o livro que me custou R$ 78,28.Não posso perder mais tempo, Sendo assim faço do meu dedo a caneta e faço do meu derramado sangue a tinta, faço do local do meu descanso as páginas, faço do meu último suspiro um lago de emoções, então terminarei a minha história.Peço aos curiosos amigos(as)que não me toque ainda, apenas observe o que vou escrever e assim que Eu Partir peço encarecida mente que uma alma generosa vá até ao meu bolso pegue a minha carteira abra e procure um bilhete que contém o endereço e o nome do meu pai piiii----------^---^--------^--^------diga á ele que Eu o agradeço do fundo da minhàlma por acreditar em mim e me incentivar a ser alguém na vida Piiii--------^---------^--------diga a ele que Eu o Amo e piiiiiiiiiii------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Entre o som interrompido pelos últimos soluços com bolhas avermelhadas, o coração para o sangue esfria os curiosos se afastam deixando somente "EU " e aquela estátua sem alma que nada podia fazer a não ser olhar o definhar daquela insignificante e mediocre vida.
Autor: Uésley Santos ( Arcanjo Pereira )
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