terça-feira, 26 de outubro de 2010

Eu Versus















É difícil deparar todos os dias com um EU certinho e com um EU transgressor.
Com um EU cristão.
Com um EU pagão.
Com um EU só.
Só um EU dividido em:

Um Eu Capixaba.
Um EU Baiano.
Um EU Mineiro.
Um EU Carioca.

Sou todos em um.
Sou todos e nenhum.
Não sei mais quem sou.

Se sou Ator.
Poeta
Nativo
Ou estrangeiro.

Quer saber?
Tanto faz.
Já me sinto um ser sem pátria
Sem identidade
Sem esperança
Sem nada.

Sem nada a ganhar.
Sem nada a perder.
Você não faz idéia
De como é duro acordar todos os dias.
Se olhar no espelho
E não se reconhecer.


Autor: Uésley Santos ( Arcanjo Pereira )

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Absurdo.



















(Pai e filho dialogam em sua suíte.)

Filho – Papai por que somos tão privilegiados de morar aqui?

Pai – Ora! a vida é engraçada filho isso aconteceo tempo inteiro na vida

de pessoas nobres como nós.

Acredite muitos queriam está em nosso lugar.

Quem não queria morar num lugar com vista para o mar?
o nosso status faz com que as pessoas nos bajulem por onde passamos.

Filho – Papai outro dia fui andar na orla e reparei que todos me olhavam

como se eu fosse um ser de outro mundo. Confesso que fiquei assustado.

Pai – Liga não filhão, essa espécie é assim mesmo, são uma espécie de parasitas que não vive um segundo sem nós.

eles são classificados cientificamente de (HOMUS ARROGANTUNS SATIRUS) eles fazem

parte de um pequeno grupo que habita em nosso planeta parasitando por aí. O segredo é não alimentá-los, por mais que

eles façam cara de bonzinhos e piedosos, não os alimente e nem confie neles. Aliás

não confie em ninguém, só em mim entendeu?

Filho – Sim senhor.

Papai o que são aquelas luzes que aparecem todos os dias do nada voando em grande velocidade sobre sobre as nossas cabeças?

Pai – Liga não filho acredito que deva ser uma nova espécie de vagalume desconhecido.

Filho – Deve ser papai.

Pai – Chega de conversar Vem lanchar filho a vizinha trouxe um pedaço de bolo de fubá.

Filho – Hum!!! Bolo de fubá o meu preferido. Adoro fubá. E esse veio com recheio, de...
hum! parece calda de alguma coisa, hum!


Papai que é isso aqui que eu achei dentro do bolo?

Parece uma lâmina usada e ensangüentada.

Papai – Liga não filho isso é coisa que se encontra em bolo mesmo, não se preoculpe pode comer tranquilo.

Coma o bolo que eu como a xepa. Quer um pouco?



Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira )

sábado, 21 de agosto de 2010

A Carioca.




















Hoje, uma carioca noite fria.
Como qualquer noite fria carioca.
Saio maravilhado, da aula de literaturas.
Ainda aquecido pela Carioca de Chico, e pela Carioca de Volpato.
Saí como louco em busca da Minha Carioca, perânbulando pelas curvas, que me guiavam.
Era como se o mapa da esperança se abrisse em minha frente e me indicasse o caminho.
Para que eu vinhesse encontrar a silueta perfeita, só para eu beijá-la.
Sim! Porque não?
Se o lugar era propício, e ainda estou sentindo o encanto entre o canto e o conto.
Que ela venha, negra como a noite, ou pálida como a lua, ou se preferir que
venha radiante como as estrelas.
Sim, que ela venha alumiar a janela da minha alma, que ela venha, venha venha...
Mas para a consumação da minha desgraça e desespero ela não veio, não estava lá.
Lá , só um casal que se abrasavam na icógnita luz.
Alimentando ainda mais o meu o meu desejo de beijá-la.
O suor gelado caiu em meus olhos, rapidamente limpei como quem limpa uma lágrima.
Focando o olhar somente para frente, enchi os pulmões de ar e gritei:
- Uma carioca sem gelo.
Como num passe de mágica ela apareceu despida e quente do jeito que eu queria.
Mergulhou em minha boca de forma avassaladora, acelerando o relógio da vida .
O frio fora rompido subtamente, o aroma era agradável, naquele momento pude senti o gosto de cada Carioca.
A de Chico, A de Volpato e A Minha.
A tríade perfeita estava formada alí. Todas num só lugar.
Meu corpo ficara aceso, em chamas ou melhor em brasa viva.
Procurei degustar cada precioso segundo sem pressa.
Parecia que tudo a minha volta estava parado, e o universo conspirava ao meu favor,
curtindo aquele momento comigo.
Eu fiquei alí, estagnado, absorto, consumido por tamanha experiência, que arrebatava a minha alma de uma só vez, para o planeta mais distante.
No entanto a injúria voltara, em forma de aviso, deixando em mim,a seta do agudo lamento por ter acabado aquela magnífica experiência.
Pois é acabou.
Sem romantismo, sem churumelas.
Sim.
Foi assim.
Acabou assim.
Seco.
Num relance Tudo chegara ao fim.
Após acabar, virei saí sem olhar para trás.
Nenhuma palavra fora pronunciada.
Deixei apenas um bilhete relatando o prazer, e o anceio que eu sentira a pouco.
Só isso, mais nada, tranquei os lábios conservando um resquício de calor e sabor, que elas deixaram tatuada em minha lingua, como marca de triunfo a guardei.
Ao chegar em casa, sinto frio que me envolvera no início da noite, só então me dei
conta da hora, são 02:32 am. Bocejei, me agasalhei com o sono, e me cobri com o
vento frio.
Mas antes de dormir ainda pude sentir mais uma vez o gosto da Carioca de Chico, da
Carioca de Volpato e da Minha Carioca, que eu encontrei e provei, uma não as três.
As três numa perfeita noite fria.
Relatado num bilhete deixado para trás.
“ Chico gostei das três, elas são fantásticas. Amanhã passarei aí para provar mais uma. Ou umas três garrafas ou mais”.

Autor: Uésley Santos ( Arcanjo Pereira).

terça-feira, 15 de junho de 2010

Cupidos.



Santa Luzia do Norte ( ES.) sempre foi visitada por turistas, que desfrutam de suas
Maravilhosas barragens de água doce.
Numa destas visitas, vieram quatro jovens de beleza jamais vista por ninguém.
Eram três belas moças e um galante rapaz de cabelos lisos e longos.
Tentarei descrevê-las, apesar do passar dos anos os seus rostos ainda aparecem com
Nitidez na minha frente, como um reflexo no espelho.
Andavam sempre juntos e todos trajavam roupas apertadas de couro preto.
O negrume das roupas contrastava com a cor alva de suas peles.
Eram de poucas palavras, usavam colares em forma de crucifixo, maquiagem carregada,
As meninas sempre de batom vermelho sangue.
Já o rapaz tinha igual maquiagem somente os lábios eram tingidos de palidez mórbida
Detalhe, todos usavam um brinco em forma de flecha dourada na orelha esquerda, porém Úrsula tinha uma linda tatuage em forma de rosa demarcando aquela esbranquiçada pele.
Úrsula, Erly,Cláudia e Diogo, eram os quatro obscuros amigos.
As damas da noite encantavam e passeavam com seus véus esvoaçantes, os rapazes eram presas
fáceis diante da angelical beleza. Na primeira noite a lua dava o ar da graça.
Encantando e levando o aquele pobre alma a desgraça.
Úrsula – cabelos longos e negros como a mais e obscura noite, seus olhos eram como duas
Esmeraldas .
Os seus doces lábios traziam o mais puro veneno em forma de pecado e luxuria.
Fez um discreto sinal para um pobre diabo cheio de hormônio que não pensou duas vezes
Em atendê-la, seu nome era Jeferson garoto bom de alma ingênua e de mente pura que
Fora arrebatado por aquela figura angelical em forma de gente.
Levara aquele foguento rapaz para um recanto de prazer era um quarto de luz fraca,
Dando um ar de penumbra, o rapaz não s importou com a aproximidade das trevas
Pois a ocasião propícia a ela.
Úrsula como uma fera selvagem agarrou o espirituoso rapaz e lançou sobre a cama de
Forma violenta, como um bicho raivoso rasgou as suas vestes e apreciava cada parte
Daquele jovem corpo despido de forma atônita, assim começara o ato de amor voraz.
Somente a silueta traçava a sua erótica coreografia daquela ninfeta que dominava com
Perfeição aquele ato sodomístico compartilhado por suas duas companheiras que
Entraram na profana festa trazendo em seus lábios as mais perfídias palavras jamais
Pronunciadas por qualquer ser vivente daquele lugar.
O jovem gemia numa espécie de êxtase era como se sonhasse e vivesse um pesadelo ao
Mesmo tempo no ápice daquele emaranhado de orgia um agudo grito ecoara pela sala,
Logo fora amordaçado por um melancólico silêncio, era um gozo mútuo entre os quatro.
Gozo este em forma de catarse que aflorara em forma de arrepio por seus corpos nus.
Banhada em mármore branco. O jovem afortunado estava gelado com os olhos divididos
Entre o prazer e a angústia, entre o éden e o inferno, a morta figura se congelara
Rapidamente, Diogo aparece com olhar frio, retira de seu, sobretudo um instrumento
A e cortante desferindo um golpe pela jugular do pobre diabo que já não sentira o
Frio aço rasgando seu inútil corpo cheio de sangue quase coagulado no qual o mesmo
Fora armazenado em um jarro negro.
O sangue fora colocado em taças também negras. Diogo sacara de seu, sobretudo um
Livreto preto de capa dura falando umas palavras em dialeto estrangeiro.
Úrsula, Cláudia e Erly respondiam em coro, o culto começara, após longas horas de
Orações cultuadas ao príncipe das trevas o corpo fora esquartejado e colocado em um
Saco de lixo e enterrado as ocultas no cemitério da cidade.
Calmamente as doces damas e o jovem rapaz degustaram o fino sangue daquele pobre
Cordeiro que fora morto por sua inocência carnal.
Todos brindaram as forças ocultas que lhes deram de presente a imortalidade
Arrancada de uma antiga cova onde fora enterrado um antigo homem chamado Caim.

Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira ).

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sentimentus Psicológicos.



Uma dor insuportável invade o meu peito amarelado.
Que provoca um descompasso no meu relógio cor de carne.
Que bate desde o começo dos tempos vermelhos.
O mesmo que pulsa e ainda reluta de forma fraca e pálida aqui dentro.

A rosa, cinza que me fere.
Na qual seu poderoso golpe azul desfere.
O mesmo dardo azulado que anseio em arrancá-lo e jogá-lo fora.
Xô, cor imunda sai, vai embora.

Porém ela insiste não vai, apenas uma pétala negra de seu corpo cai.
O chão avermelhado que acolhe, a quem rouba minha paz.
A brancura que havia outrora fora manchada de verde, porém raspada com aspereza.
Deixando somente o remorço da roxa tristeza.


Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira).

Homem Shopping.



Ela chega de óculos de marca, sapato de grife, roupa da moda.
Chega compra e vai embora, consome de tudo de roupas a bolsas.
Compra como uma louca, seus dedos tremem, seus olhos lacrimejam.
É a última moda que acaba de chegar aqui, veja! Veja!
Já foi a moda é assim mal chega e já chega ao fim.
Compra só para preencher seu ego, só não ver quem é cego.
Chama para si toda atenção, ai que luxo que tentação.
Amo ser desejada por marmanjos, babando na escada rolante.
Pode falar que sou gostosa, bonita rica e charmosa.
Vamos lá, deixa me ver, quero este, quero este, e este que está com você.
Parcele tudo em três vezes no cartão, espere quero levar aquela saia, aquele sapato, aquele homem gostoso, aquela bolsa de mão.
Agora sim pode parcelar tudo em três vezes no cartão.
Amanhã voltarei para comprar mais.
Pague a conta morzão.

Autor:Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira ).

quinta-feira, 10 de junho de 2010

LIBERTINO




A lama que sujavam as nobres botas, em contraste aos ratos do século XVll, é a mesma que entranha em meu velho tênis,agarram nos pés vadios gatos que transitam pelas ruas escuras e imundas deste podre XXl.
São as docas da vida, que se encruzilham na rua dos prazeres, com a prostituta mimosa.
Hoje profissional do sexo, que faz extra, transferindo o mal do nosso século, por alguns trocados.
Ela, a mesma Jezabel, que aromatiza seu leito do vagabundo perfume do vigésimo quinto cliente.
Tragando um pobre virge de pernas vcilantes, peito ofegante, levado entre empurrões, por seu pai bêbado, que lhe pertubara o juizo, para virar um homem de verdade , um homem descabaçado, e cheio de sí, cheio de doenças venérias, Cancro, sífilis ou gonorréia?
Se quizer algo mais forte o cliente é quem manda, aqui temos Aids pura, nacional e importada vai uma?
Vamos não seja tímido, liberte-se nesse cheiro de mulher usada e lambusada das excências de seus podres homens, que funicam pelos cantos, com suas carteiras recheadas de notas,notas? Aquele cão no cio com aquela cadela esfergando em seu membro?
Vamos solte, feche os olhos e imagine agente a sóis.
Emaranhados num mar de promísquidades , entre a lama que escorre do meu prazer, sois hoje rato homem que rói o couro já consumido, tornaste agora libertino assumido.
Deixando seu pudor na caixa de pandora, vem vem vem... Me consome agora.
Consuma o seu mal, mal este necessário, mal que todo que todo bicho homem quer.
Mal de lado, mal deitada, mal de quatro, mal de pé.

Mal do séx culo .

Malvadia chamada mulher.



Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira ).

terça-feira, 8 de junho de 2010

Coisas do coração.




Amar é a melhor coisa que um ser humano pode fazer em sua curta estadia neste mundo.
Eu tive o privilégio de amar um dia de fato e de verdade digo isso com a maior satisfação, pois o amor me ensinou a viver e graças a ele hoje explicitarei esta fantástica experiência neste papel.
Eu tinha oito anos, tinha me mudado para Santa Luzia aos seis.
Logo em seguida veio a família Quiaques de mudança para o mesmo vilarejo, e detalhe fora morar na mesma rua que a minha era a rua Mucurici.
A mudança era simples muitas plantas, animais, poucos móveis e uma família enorme de onze, comum na minha terra.
Bem até aí tudo bem nada de estranho até eu ver uma menina da mesma faixa etária que a minha apesar da pouca idade já apresentava uma silhueta que me causou uma estranha sensação.
Seu nome Andréia sinônimo formosura, apesar da minha timidez eu me aproximei para ver aquela garota tão espetacular que desbancava todas as outras daquele lugar.
Dinovo vinha aquelas estranhas sensações que provocavam o meu corpo a minha ingenuidade não me explicava tal fato. A timidez me impedia de falar sobre essas coisas esquisitas com o meu pai, homem de bom coração, porém vivia sempre exausto pela dura carga de trabalho que enfrentava. A minha mãe um doce de pessoa, mas com muitos afazeres nas tarefas do lar, não tinha coragem de proferir aquelas coisas tão pessoais e estranhas, tinha um amigo de infância apesar de mais velho que eu não sabia explicar direito aquelas coisas, ele dizia e só chegar e beijar, o seu mal é essa maldita timidez, e digo mais, ela ainda vai lhe fazer sofrer muito se você não vence-la . Eu tentava disfarçar dizendo não eu vou mudar a verdade é que a covardia era mais forte, procurei descobri sozinho.
O fato era que toda vez que eu a via sentia meu coração acelerar parecia sair pela boca, as pernas ficavam bambas o meu rosto corava e meus primeiros impulsos de homem já davam sinal o que me deixava constrangido por tal acontecimento.
Ao passar de uma semana, fomos nos aproximando através do famoso Pique-Bandeira, brincadeira que apelidávamos de Sandalhinha, pois ao invés da bandeira era usada sandália.
Eu buscava sempre vencer para me destacar entre os outros colegas, implorava aos céus para fica no mesmo time que ela só para ficar mais próximo dela.
Na segunda semana Andréia já freqüentava a minha casa, estávamos próximos, porém só na amizade, bem já era um começo, pensei eu.
Estudávamos na parte da manhã a tarde ela ia para a minha casa para eu auxilia-la com os exercícios escolares, eu enrolava ao máximo só para ficar mais tempo ao seu lado. Ela não parecia se incomodar com a minha companhia ao contrário ela fazia questão de ir todos os dias lá em casa.
A tarde quando a mãe dela a chamava, eu ia para aças dela brincar com o caçula da família era uma forma que eu encontrei para ficar mais perto dela.
Os anos passaram depressa e conseqüentemente as primeiras espinhas vieram.
Ela, porém permanecia com aquela pele apessegada, aquele corpo que fervilhava as minhas idéias.
Porém a timidez ainda era um problema, agora já entendia as reações antes e ainda sentidas era desejo.
Os meus hormônios me contaram que eu era um vulcão preste a entrar em erupção.
O seu jeito sapeca aflorou e ela já começava a usar o seu corpo para se divertir comigo, pois me via suando embasbacado quando a via de biquíni tomando banho de rio.Eu não sabia nadar e ficava somente com os pés nágua. Apreciando aquela musa deslizar calmamente sobre as doces águas transparentes.
Apesar de ela se insinuar na minha frente, nenhuma palavra era proferida apenas um sinal de um tímido sorriso era exposto em seus carnudos lábios.
Aos dezesseis resolvi me declarar, pois no final de semana haveria uma festa, essa seria a oportunidade perfeita eu vivia sem dinheiro, pois trabalho era difícil para encontrar e quando encontrava era trabalho muito pesado, eu que não tinha a saúde perfeita agora teria que dar um jeito de comprar um presente e me declarar a ela.
O universo conspirava favor, na mesma semana apareceu um trabalho para fazer, a minha ex professora de português precisava que capinasse um imenso quintal, carregasse o lixo e retira o excesso de terra que o rastel deixara.
Assim o fiz depois de capinar, carreguei o lixo, e transportei em um carrinho de mão cento e vinte vezes, o mesmo cheio de areia. As mão empretaram de calo de sangue, a coluna estava massacrada mas o meu objetivo estava sendo alcançado.
Peguei o suado dinheiro e comprei um pingente dourado com um coração, era de ouro me garantiu a vendedora. A sua namorada vai amar disse ela.
Pronto aquilo era um bom sinal o vento soprava ao meu favor, naquele instante fui tomado por uma força e me enchi de coragem, fui até a casa dela chamei a num canto e lhe presenteei com o cordão.
Ela se assustou com a preciosidade, por um instante quis recusar dizendo que não era digna de usar tal jóia, eu insistir disse que me chatearia se ela não aceitasse.
Por fim ela aceitou me deu um beijo na face, e agradeceu me. Tomei coragem e me ofereci a coloca-lo a jóia em seu delicado pescoço, ela fez sinal com a cabeça que sim, suei frio, as mãos trêmulas quase sem força para abotoá-lo.
Por fim consegui, ela pegou um pequeno espelho e observou depois girou duas vezes na minha frente fazendo pose, e me agradeceu com mais um beijo na face dizendo você é um amor sabia?
Como queria beija-la nesta hora, porém me contive ainda não era hora certa nem o lugar certo para aquele tipo de coisa, o puritanismo falara mais forte.
A noite chegara eu me arrumara todo com a melhor camisa, calça e tênis, peguei a colônia do meu pai arrepiei o cabelo, e parti para o ataque a festa começara as 23:00 hs.
Ao chegar no clube a praça estava lotada, procurei- á por todos os lado e não a vi.
Resolvi comprar o convite e procurá-la, dentro do salão quando pisei no salão as luzes negras se ascenderam e uma romântica música começou a tocar apesar do salão lotado eu consegui ver ao meio um reluzi forte, era o brilho do cordão que se acendera com a luz negra.
Fui me aproximando ela não me viu estava de costas quando cheguei mais perto a vi dançando aos beijos com meu melhor amigo.



Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira ).

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A caverna




Anoiteceu a luz que outrora brilhara agora se convertera em um manto sombrio que camuflava aquele lugar.
Eu e mais três encarregamos logo de fazer uma fogueira, onde todas as noites nos reuníamos ali para falar sobre política, filosofia, contos e poesias, vivíamos em tempos românticos por assim dizer de certa ingenuidade confesso.
Pois queríamos nos tronar grandes poetas e desfrutar da glória ainda vivos. Fundamos então a primeira sociedade dos poetas vivos. O grupo era composto por somente quatro pessoas, EU, Vando, Marcelo e Nívia uma poetisa linda e maravilhosa.
O fato de ser a única representante feminina do grupo não a incomodava ao contrário dava um título de soberania feminina.
Este lugar foi descoberto meio ao acaso por vando que perambulava por aquelas terras pegando lenha, ofício todos os jovens daquele lugar, pois bem lá estava ele numa sexta- feira de tarde cinza quando derrepente um frio e forte vento o arrepiou do pé a cabeça, logo em seguida ouviu-se um estranho assovio que logo se dissipara no ar.
A curiosidade fora maior que seu medo e ele foi se aproximando perto de uma estrutura rochosa, quase invisível a rocha havia uma fenda estreita encoberta por alto capim, ao Aproximar avistou uma magnífica e escura caverna na qual trazia em suas paredes o verde mofo do lodo, que prestavam condolência a uma ossada humana colada de forma estranha no fundo do salão. Na parte inferior encontrara um ninho de urubu já com seus ovos podres, e mais abaixo um misterioso buraco onde a luz não conseguia mostrar o seu fundo. Parecia um aviso, porém Vando venceu mais uma vez o seu medo, tomou coragem pegou aquela ossada e jogou dentro do abismo negro.
Ao contar para nós tal acontecimento decidimos nos reunir ali todas as sextas como homenagem ao descobrimento da caverna da caveira nome dada por nós.
Aquela sexta-feira que estava por vir seria especial, pois era sexta-feira 13. Dia obscuro para alguns supersticiosos, para nós seria o dia em que faríamos uma festa Dionisíaca arregada a vinho, e muita libertinagem seríamos os novos Calígula daquele pacato lugar chamado Santa Luzia do Norte.
Passamos à semana inteira fazendo os preparativos, desta vez a sociedade abriu uma exceção, poderíamos levar três ou quatro acompanhantes.
Mas para isso teríamos que enfrentar o mal do nosso século, as gostas de suor ardia os meus olhos deixando-os vermelhos como fogo, porém um só pensamento me invadia a alma.
Sexta – feira o dia D...... D.I.O.N.I.S.I.O .
O tão esperado dia chegou preparei um poema intitulado “ Culto a Dionísio ”.
Poema este que fora gerado no leito das mais insanas palavras existentes.
A caverna fora enfeitada por lampiões antigos, para dar certo tom à festa.
Os convidados chegaram à maioria mulheres escolhidas a dedo, eram jóias de seios fogosos e quentes. A noite prometia a entrada da caverna Marcelo despejava o mais fino vinho, na boca de cada visitante era o cartão de boas vindas.
Para comermos matamos um carneiro, assamos por inteiro, a bebedeira correra solta logo os nossos maldosos olhos já sentia os efeitos do vinho, nos libertamos ali mesmos sem regras, sem pudor, em rédeas éramos imortais agora tudo era permitido, entre risos, carícias e libertinagem resolvemos cultuar ao deus do vinho.
Saquei uma folha já manchada pelo vinho e comecei a recitar o poema entre o mar da furnicação.
Derrepente impetuoso vento invadiu o salão apagando os lampiões tragando-nos com suas trevas. O vento gélido empesteava a sala e com ele uma misteriosa voz em forma de sussurro dizia:
Carpe... Carpe... Carpe diem. Meus meninos...
Carpe... carpe diem....
Neste instante ouvimos vozes, eram gritos senti algo espesso e quente cair sobre mim.
Mais gritos foram escutados depois de súbito parou.
Uma pequena chama de fósforo fora acesa por alguns instante pode se ver o quadro pintado por sangue, e todos estavam ali estagnados com o terror estampado em suas faces suas carnes já devoradas expondo somente o jovial esqueleto que já eram muitos naquela noite.Todos encostados naquelas úmidas paredes empesteada de lodo.
Todos ficaram fazendo companhia aquela solitária ossada que outrora fora encontrada. Somente uma jovem dentre nós conseguiu escapar para contar esta história.
Jovem poetisa linda e maravilhosa, chamada Morte.



Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira).

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ondas.





São por elas que eu passeio sem rumo certo.
São nelas que eu descubro a força que me leva.
São por elas que eu fico imóvel embasbacado.
São nelas que destemidamente agalopado.

Nelas, ou por elas, isso não importa, contudo que me leve.
Desde que me apresente o lugar mais quente onde a larva ferve.
Nelas poderei visitar o lugar mais frio desta terra.
Desde ao leito da paz, ao berço da guerra.

Não importa aque ponto me leve.
Não me importo se será no fogo ou na neve.
Não nada importa mais nem a guerra nem a paz.
Não nada importa, não mais pra mim tanto faz.

Ondas que batem neste mar que rege a vida.
Ondas alegres contando suas histórias vividas.
Ondas tirando onda em num bar ou avenida.
Ondas invisíveis relatando suas paixões desmedidas.

Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira ).

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Escada das Almas.



Essa história eu ouvi contada pelo meu avô Sizino que hoje está com 94 anos e uma lucidez Incrível, te amo Vôinho.
Quando eu morava em Santa Luzia do Norte. Espírito Santo. (ES.) tinha o costume de antes de dormi ouvi uns causos contado pelo meu avô.
E quando ele contava as histórias de assombrações as minhas pernas tremiam de medo, Porém tentava disfarçar pois já Tinha nove anos e no interior homem tem que ser Valente e destemido.
E essa história que ele jura de pé junto que aconteceu, mexe comigo até aos dias de hoje já "EU" com a idade de Trinta e dois anos.
É a história dos "Pereira", minha família.
Vô contou que ele conheceu seu bisavô Fidelcino Pereira fazendeiro respeitado em seu tempo dono de muitas terras , seu nome Fidelcino Pereira fazendeiro respeitado em seu tempo, homem detemperamento forte inplacável diante de seus interesses.
Amado por poucos odiado por muitos por invesa da abastarda riqueza, segundo a história contada ele ficou rico misteriosamente da noite pro dia quando toda Santa Luzia do Norte ainda era mata.
Também foi de forma misteriosa que ele morreu, nunca se sabe ao certo o que aconteceu
Vô contou, que quando era molecote estava perambulando pelas terras, quando avistou uma linda mata a princípio veio um desejo como se fosse tomado por uma força estranha querendo atraí-lo para dentro dela, ele tentava relutar mas era em vão a estranha força o dominava por inteiro, estava obsorto por tamanha beleza que aquela mata trazia em si o tapete de boas vindas estava em forma de uma misteriosa escada construída ali. Ele começou a andar em direção a ela até que sentiu uma mão robusta lhe segurar pelos ombros e uma voz firme lhe disse:
- Ainda não é chegada a hora no seu devido tempo lhe mostrarei as maravilhas que esta mata poderá lhe oferecer. Contudo ainda não é chegada à hora. Vá pra casa um dia chegará a sua vez.
E assim o fiz, os anos passaram depressa e todas as noites eu sonhava com aquela escada me convidando a subi-la e conhecer as maravilhas da misteriosa mata . A escada aparecia coberta de pétalas feita de ouro que brilhava a luz do luar. Foi assim que sonhei por muitos e muitos anos.
Um fato curioso era que todo dia sete do mês uma pessoa morria de forma trágica Em Santa Luzia. O povo vivia assombrado, quando o mês virava podia contar dentre sete dias alguém iria morrer. Sempre fomos uma família muito religiosa e os homens sempre as vésperas do dia sete subiam mata a dentro para pedi proteção peregrinando a noite com lampiões, os homens podiam participar e os jovens que alcançassem a maioridade... Todos nessa época usavam roupas escuras. Em sinal de luto pela vítima do dia seguinte
Que a morte resolvesse agraciá-la com a lâmina da ceifa eterna.
Porém se dentre a nossa família nascesse um menino no dia sete. Todo dia sete este teria que usar vestes brancas como sinal de purificação para que a morte não o alcançasse naquele dia. Porém se ele recusasse seria uma vítima fatal.
Meu avô foi selado com uma benção em forma de maldição.
Ao completar os seus dezoito anos, meu bisavô o levou a mata e lhe disse:
-É chegada a hora.
Estas palavras foram ditas com orgulho, como se meu bisavô esperasse por muito tempo por isso.
Uma pequena oração foi proferida no início da escada.
- Que a foice da guardiã eterna não alcance a nenhuma cabeça aqui presente.
Subimos. A cada degrau que eu pisava era como se ouvisse um grito ou uivo, não dava para descrever direito porém aquele som era carregado de desespero e dor.
A minha espinha gelou meu pai me perguntou se estava tudo bem, fiz sinal com a cabeça que sim. Perseguimos escada a cima. Quando alcançamos o pico da mata.
Me deparei com um altar gigantesco de mármore escuro era uma obra espantosa.
Rapidamente uma enorme fogueira fora montada e acendida ao fogo dos lampiões na qual empunhávamos.
A chama que se tornara mais alta que uma casa alumiava aos arredores que naquele momento parecia ter sido pintada de cinza, a obscuridade reinava aos arredores
O negrume da noite arrebatava toda e qualquer alma viva que estivesse a quatro metros daquela fogueira. As orações eram incessantes até que por volta de meia noite um impetuoso vento começou a soprar ininterruptamente.
Derrepente o vento parou de súbito, e um forte assovio apossou de nossos tímpanos a ponto de enlouquer- nos.
Olhamos para a fogueira e nos deparamos com uma figura envolta às chamas era assustador. Fiquei perplexo as pernas moles, no entanto todos já pareciam se familiarizar com aquela imagem de outro mundo.
O espectro proferiu o meu nome e me desejou as boas vindas a minha garganta inchada pelo pavor ainda conseguiu produzir algum som de obrigado.
Meu pai me contara que quando ele era jovem, andava por aquele lugar quando avistou aquela mata que chamou a sua atenção, ao entrar foi tomado por uma força incrível que lhe ofereceu toda aquela região se ele prometesse servi o espírito da mata.
Ouro, mulheres, longevidade, tudo, tudo que a ambição humana pudesse abocanhar.
Em contra partida todo dia sete alguém daquele lugar teria que ser sacrificado em louvor e culto o espírito que lhe ofertara tamanha riqueza.
Aquela jovem mente não pensou duas vezes, pois nunca tinha experimentado o sabor da riqueza, sempre vivera a escassez. Seria uma oportunidade única, não poderia perder. Era uma escolha extremamente egoísta, pois muito sangue inocente seria derramado, mas o fato de possuir tudo o que quisesse era maior do que qualquer coisa na vida até mesmo a morte inocente de um pobre diabo daquele lugar. Então toda vez que morria uma pessoa no dia sete esta era desenterrada e reenterrada na entrada da mata os túmulos eram camuflados como degraus de escada para não levantar suspeita a ninguém e no centro da mata tinha o altar macabro que todo o clã se reunia.
Fiquei horrorizado, com isso tudo, então estava explicado o enriquecimento misterioso do meu pai. Olhei no fundo dos seu olhos com tanto ódio que o meu desejo era de matá-lo juro por Deus.Mas foi interrompido tal pensamento pela espectra voz que pediu para eu me aproximar era chegada a hora de passar o legado para mim. Pois os dias do meu pai tinham chegado ao fim..
Olhei desta vez para o meu pai agora não com sentimento de ódio, mas com profunda dor pois apesar de sua atitude desumana não queria vê- lo perecer naquela hora
Além do mais não teria forças para carregar tamanho fardo.
A voz continuou que se caso eu negasse toda a riqueza conquistada iria como vento.
E a miséria imperaria até a sétima geração.
Naquele momento olhei para todos. Virei às costas e virei às costas e fui em direção a minha casa.
Ninguém me impediu porém quando estava por descer as escadas.olhei para trás e todos da minha família inclusive o meu pai estavam com os olhos flamejantes, depois eles se emaranharam na escuridão. E sumiu misteriosamente depois deste dia perdemos tudo, a miséria teve pena de nós e nos deixaram viver de forma mais digna. Depois deste acontecimento nunca mais ouve vítimas no dia sete. Neste dia Lá. A morte descansa a sua seifadeira.
Nunca mais ninguém da família se atreveu a entrar na mata dinovo, ela pernanesce intacta desde o dia que a deixei.isolei a escada par que curiosos não vinhesse pertubar o descansos dos que jaá se foram.

E foi isso. Meu avô hoje vive na mesma cidade de Santa Luzia do Norte, em uma casa simples e aconchegante, desfrutando de seus ricos noventa e quatro anos. Tudo o que foi conquistado hoje foi pelo suor de seu rosto, não tem uma mancha de sangue inocente em sua consciência hoje ele vive em paz.


Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira ).

domingo, 30 de maio de 2010

Cheb Khaled, Aicha(lyrics)

Cheb Khaled, Aicha(lyrics)

Aicha - Khaled... en vivo BBC

Magma - Aicha






Temos que romper barreiras artísticas e desbravarmos outras culturas. Seja ela na música, no teatro, nas artes plástica. Temos que romper os nossos preconceitos.
Viva a arte.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O Quinze Rachel de Queiroz 0001

O Quinze

O Quinze - Parte 2

O Quinze O Filme parte 1

O Quinze

O HOMEM QUE ENGARRAFA NUVENS (2009, 106 min.)

A HORA DA ESTRELA (1985, 96 min.)

A HORA DA ESTRELA - Macabea encontra o AMOR de sua Vida

"Quadrilha" de Carlos Drummond de Andrade

Nelson Rodrigues - Otto Lara Resende - Parte 2 de 3

Nelson Rodrigues - Otto Lara Resende - Parte 1 de 3

Drummond 2 de 3 (Arquivo N, Globo News)

Drummond 1 de 3 (Arquivo N, Globo News)

Drummond 3 de 3 (Arquivo N, Globo News)

Entrevista Clarice Lispector - Parte 1

O Sonho - Clarice Lispector

Quando encontrar alguém...

Felicidade segundo Mário Quintana.

Clip - Os Oim Do Meu Amor

ai se sesse



Poeta Zé da Luz.

Interprete: Cordel do Fogo Encantado.

sábado, 22 de maio de 2010

Lugar no qual me inspirei para escrever o conto " O coveiro macrabro". Filmei este cemitério em 2006. Em Santa Luzia do Norte. ES.




Nessa época o Coveiro Buião já havia falecido. Saudades dos meus amigos que já se foram, saudades. Aqui vos deixo imortalizados.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sofro, sinto, cuspo e morro..






Sofro, de sofrimento sofrido.

Sinto, o sentimento sentido.

Cuspo, o cuspe cuspido.

Morro, de morte morrido.



Sofrido sofrimento que sofro.

Sentido sentimento que sinto.

Cuspido cuspe que cuspo.

Morrido de morte que morro.



Sentimento sofrido que cuspo.

Sofrimento morrido que sinto.

Cuspe de morte que sofro.

Sentimento cuspido que morro.



Sofro, sofrido de sentimento.

Sinto, sentido o sentimento.

Cuspo, cuspido o cuspe.

Morro, morrido de morte.



Autor: Uésley Santos.

sábado, 15 de maio de 2010

Buião, homem...






Buião homem, sem sorte, sem saúde, sem nada.

Buião homem, agraciado pela sua desgraça.

Buião homem, condenado a vida.

Buião homem, de alma descalça.



Buião homem, de lama comedor.

Buião homem, sem amor e temor.

Buião homem, sinônimo de pobreza e dor.

Buião homem, bicho. Bicho homem sem valor.



Buião, homem que enxergou a obscura luz.

Buião, homem que deixara a sua cruz.

Buião, homem visível. Que ninguém quer ver.

Buião, homem que fez pacto, por dinheiro e poder.



Buião, homem que não tinha nada, nada a perder.

Buião, homem perdeu tudo, tudo por não saber.

Buião, homem que não sabia, não sabia escrever.

Buião, homem que morreu. Morreu sem aprender.





Autor: Uésley Santos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O pacto.








Quando os meus pais se mudaram para Santa Luzia do Norte (ES.)

Eu tinha Oito anos de idade, lá sempre foi um vilarejo pacato, somente no mês de Junho

Era rompido o silêncio por conta da famosa festa Junina que acontece todos os anos no lugar, que sempre lota de turistas de toda parte.

A maioria já vinham bêbados, era um espetáculo a parte, e o povo se divertiam ao velos.

Cantarolando dançando e caindo no chão empoeirado, todos riam menos um soldado

Linha dura chamado Batata. Homem sério bravo como o diabo, uma autoridade que era temido por todos.

A festa estava correndo tudo bem até um bêbado proferir umas gracinhas para uma linda jovem que trajava vermelho.

Antes de o pobre diabo fechar a boca foi saudado com um "surdão" que o jogou longe, todos riram da Queda do bêbado.

Batata investiu mais uma vez em cima do pobre homem que já estava quase sem consciência, porém por Ironia do destino se é que o existe.

Havia um pedregulho no meio do caminho no qual fez o brutamonte se estabacar no chão.

Ninguém riu por receio de também levar uma bolacha na cara, no entanto o bêbado se esbaldava de Tanto rir.

Batata se recompôs limpando a poeira do seu antes impecável uniforme segurou o bêbado pela gola Da camisa,

Levando até a prisão a socos e pontapés, o povo parou a algazarra e até sentiram pena do pobre Infeliz que apanhava

Incessantemente a sua maltrapilha roupa já estava coberta de sangue e poeira.

A via dolorosa acabara e o bêbado foi lançado em um cárcere em condições subumanas, onde as únicas Testemunhas Eram alguns ratos que já vinham de encontro ao seu podre sangue que já coagulava.

O mau cheiro tomava conta de todo o ambiente, era uma mistura de fezes com sangue, que causava ânsia de vômito em Qualquer alma viva.
Que se aproximasse daquele fétido local. Naquela noite de lua cheia, nenhuma Luminosidade era refletida Naquela negrume escuridão. Passada algumas horas O bêbado começava desinchar seus machucados olhos, mirando uma silueta em pé num canto escuro O bêbado não conhece tal silueta numa espécie de receio, aborda a estranha figura com voz trêmula.

_ Quem esta aí?

A Silueta nada responde. A tensão aumenta e o bêbado mais uma vez diz:

_ Quem está ai?

Nada. Nenhum som a silueta apenas anda, em direção à suja criatura que já tremia dos pés a Cabeça.

Num último esforço em tom de pânico berrou:

_ Que diabo é você. O silêncio foi quebrado com uma irônica gargalhada.

Um homem de grande estatura trajando um terno impecável carregando debaixo do braço um livro Grande de capa negra.

Disse:

_ Sou a sua liberdade, e a sua justiça.

Quem lhe enviou?

_ Ninguém, vim por conta própria despertei interesse em ajudá-lo. Sou protetor daqueles que sofrem injustiça, e você Meu caro pelo que observei foi vítima de uma das boas não é?

_ Sim. O sr. viu o que aquele desgraçado fez comigo? Eu só queria me divertir, mas aquele filho do Demônio me humilhou me surrando na frente de todos, agora veja o meu estado?

O estranho homem o acolheu nos braços. Como que um pai acolhe um filho maschucado tentando confortá-lo.

Dizendo:

_ Não se preocupe meu miseravelzinho, ele vai pagar pelo que fez, Ah se vai?Você quer que ele pague não é mesmo?

Naquele instante a fisionomia do inocente bêbado mudara seu semblante por causa do ódio enraizado em seu sofrido coração.

Disse com todas as forças:

_ Sim. Eu quero que ele pague por tudo que ele fez a mim.

Nesse instante o grande e negro livro se abriu exalando um odor indescritível que que sufocara todo o lugar nesse instante o relógio do estranho homem marcava 00h00min

Era chegado o momento, o homem proferiu umas palavras numa língua estranha e pediu para o bêbado repetisse as mesmas palavras, assim o fez. Durante esse acontecimento o tempo parecia ter parado, causando uma sensação estranha.O bêbado parecia enchergar uma fraca luz como se fossem duas velas acesas assim eram o que refletia os olhos da Criatura.

A aparição pegou o braço esquerdo do bebum e fez um pequeno corte liberando três gotas de sangue que caíra sobre o livro.

Nesse instante o tempo rompe e o relógio Marca 00h03min. na hota que caiu a terceira gota de sangue, houve enorme explosão, abrindo a porta antes fechada, libertando aquela injustiçada e invisível figura.

Apesar da explosão ninguém ouviu sequer um barulho de alfinete caindo. O guarda dormia como um Bebê.

O bêbado sentia- se leve, afinal a justiça começava a ser feita e ele agora estava livre para fazer o que Quiser. Porém uma voz parecia guiá-lo de voltar à festa, e ele foi como um raio em direção à Batata e Berrou os palavrões mais Cabeludos existentes na face da terra, como num reflexo Batata já virou com o Punho fechado para arrancar todos Os dentes do infeliz que o provocava, mas socou apenas o vento não Havia ninguém perto, Batata se recompôs e Continuou de sentinela na festa, mais uma vez a voz veio Lhe perturbar o juízo, mesmo gesto anterior e nada não havia Ninguém perto a voz dizia aos berros:

_ Você vai me pagar pelo que você me fez seu filho de uma cadela. A sua batata já está assando na Caldeira do inferno.

Disse a voz em tom de triunfo.

_ Morrerás no sétimo dia desgraçado entre prantos e tormentos esse será seu fim.

Batata tentou conter o tremelique nas fortes pernas que já vacilavam além da dor aguda na espinha que Sentia.

_Por sete dias não te darei descanso nem de noite nem de dia implorará a morte antes, mas só a darei no Sétimo dia

Até lá ouvirá a sua marcha fúnebre que eu preparei.

A voz cantarolava em tom quase insuportável a seguinte canção.



_ Herdeiro de Caim que levou a minha alma.

Herdeiro de Caim que bebeu o meu sangue.

Bateste em inocentes só por vaidade.

Penarás no fogo por toda eternidade...



A partir daquele momento uma terrível maldição era lançada em forma de dor de cabeça que ferozmente se apossou daquela condenada e marcada alma que soltava gemidos inesprimíveis.

O desespero estava estampado no seu rosto que desfigurara no meio da praça. Batata de uma crise não Suportando Tamanha doro fez cair inconscientemente, o pobre homem foi levado as presas para o hospital ficando Internado amarrado numa Maca, contorcendo de dor, os sedativos pareciam não mais surtir efeito a dor Era constante a ponto de fazê-lo sangrar Pelos poros. Batata colhia as suas amargas sementes que Plantara em toda a sua vida.

O seu cérebro começava a latejar e a inchar, pois o seu crânio não suportava mais tamanha pressão, fazendo com que os Seus olhos sangrassem.

Aquele estranho caso, ia se agravando cada vez mais naquele leito de lamúria, contudo o marcado homem não morria, por mais que desejasse a morte ela apenas o acompahava de longe em forma de interminável agonia, esperando chegar o sétimo dia para que a sua missão fosse cumprinda como o combinado.

Às 00h03min.Batata Falecera com uma expressão de terror manifestada em seus vermelhos olhos como se fosse sugado para as profundezas do mais Negrume abismo.

Segundo relato dos médicos nesta mesma hora houve queda de luz, (trevas) por todo o hospital travando todos geradores de Emergência.

No dia seguinte ninguém teve coragem de ir ao enterro por medo da sua horrenda fisionomia. Salvo um Velho coveiro que cumpria o seu ofício solitário o acompanhava proferindo algumas palavras baixinhas.

Hoje quando eu volto à Santa Luzia do Norte ( ES.).

Escuto histórias dos mais antigos que dizem, que após a morte de Batata, todo o soldado que cometia alguma injustiça contra qualquer morador daquele lugar.Era punido com o mesmo fim que Batata recebera.

Também dizem que em época de festa Junina, algumas pessoas já ouviram uma voz cantarolando sobre o túmulo De Batata.

Acreditam que é a mesma voz que o atormentara em vida e agora continua a atormentá-lo por toda a eternidade.



_ Herdeiro de Caim que levou a minha alma.

Herdeiro de Caim que bebeu o meu sangue.

Bateste em inocentes só por vaidade.

Penarás no fogo por toda eternidade...




Autor: Uésley Santos.

Declaração de Amor.







A covardia que me castiga por não dizer a TI as mesmas...

Contudo as mesmas me levam as fontes da límpida coragem

Me dará do seu alento, para dizer as mesmas PA...

Palavras antes quase proferidas, diante dos seus belos olhos.



Bobo fica o homem, que como EU a TI, as mesmas declama

Mãos trêmulas, pálido, sopitado por desejos virtuosos

Despojando-me de corpo e alma, tal sentimento com voragem

Proferirei as mesmas palavras antes impedidas, agora soltas às mesmas...



As mesmas gritadas aos quatro quantos tantos gritos tantos tantos tantos...

Deixando apenas uma fraca reserva de voz para dizer baixinho ao seu ouvido palavras estas as mesmas...

TE AMO TE AMO TE AMO.





Autor: Uésley Santos.( Arcanjo Pereira ).

segunda-feira, 3 de maio de 2010

XIX Semana de Letras FIC.








XIX Semana de Letras imperdível.Confira.

terça-feira, 20 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Quanto vale?






























Mesmo que arrancassem das minhas mãos 01 kg de maçiço e puro ouro existente

E da minha suada economia me tirassem os poucos pingos reluzentes.

Ainda que rasgassem as minhas vestes para cobrir tamanha dívida

Apertando o tão sofrido calo, no qual não grito apenas...C...a...l...o...

Em silêncio tocarei pela última vez uma alegre melodia.

Em contraste ao tinlintar alegre das cordas soltas alegres e bambas.

Darei vida a um tom murmúrico que gotejará da minha boca em forma de penúria.

Em resposta, o meu corpo que se contorçe entre a alegria daqueles que o torturam

Com suas setas envenenadas, com a ferrugem gerada em sangue inocente que jaz em paz.

O ranger do ferro frio que fere a pele que ferida sangra, a de tanta gente.

Ainda assim não me me darei por vencido,em honra ao inocente sangue escorrido.

Somente ao cai a última gota na lama...Balançarei o lenço salpicado de vidas.

E então entregarei aos corvos o instrumento que sustenta os meus.

E assim todos os cifrôes o pisará só pra sacanear o venderá a preço de banana.

Só para saciar a ganância, que escorre pela sua boca em abundância.

Quem sabe um dia eu acorde? Quem sabe eu tire um acorde?

Ao surgimento de um novo dia pela frente, e que vença o mais forte neste mar utópico.

Governado por "GENTE" Pagaria até pra ver, quem vencerá este duelo.

Quem sabe ainda tenha eu um dia para recomeçar... Recomeçar do 0 (zero ).

Quanto vale tudo isso?

Quem sabe?

Quanto vale uma vida?




Autor: Uésley Santos. (Arcanjo Pereira ).

sábado, 17 de abril de 2010

Babel.






Eu só queria alguém para conversar, falar qualquer coisa. Sei lá.

Poderia começar com um bom dia... Entende?

Geralmente, é assim que começa,

Mas o que percebo é que todo mundo tá com pressa.

Pressa para ouvir, pressa para falar, pressa para fugir, pressa sem sentido...

Só queria um minuto com um amigo para poder desabafar,

Mas hoje entendo o porquê de tudo isso.

Sou imigrante, aos olhos de muitos, lixo.

Não encontro palavra mais branda pra dizer.

Apenas esta me vem a boca pra expressar o que sinto.

Todos me olham torto porque não sou desse recinto.

Sou estranho, uma ameaça pra muitos, diversão pra outros...

Eu só queria me comunicar com alguém.

Nem precisava ser muito, só um pouco.

Será preciso eu me tornar um doutor?

Um advogado, um juiz ou promotor?

Para que as pessoas me notem e me ouçam direito?

É... Pelo jeito vou ter que apelar, não tem jeito,

Mesmo vivendo numa torre de Babel chamada Preconceito.



Autor: Uésley Santos.( Arcanjo Pereira ).

Si "sê" si amassi.

























Si "sê" si amassi, si gostassi tanto de si,

Siria a criatura mais filiz daqui.

Sintinu u ventu galopanu na cara, que vem i qui passa,

Sassaricanu cuns zoio da genti fazenu arruaça.



Si fossi assim, si "sê" chegassi até mim,

Sintinu o chero di alicrim,

Si sintissi aqueli cherim... Ai...

Siria lógu apanhada por mim.



Si "sê" si amassi, siria assim.






Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira ).

terça-feira, 13 de abril de 2010

Conto "Meu Amado Cãozinho".























Eu me lembro como se fosse ontem para falar a verdade tenho ainda guardada na memória a data foi no dia 27/07/1996, ganhei o melhor presente de aniversário de toda a minha vida, ganhei um cãozinho da raça Chihuahua ele era fofinho, como se fosse de pelúcia, o seu pelo sedoso brilhava como o sol. Lá em casa foi uma grande festa, com a chegada do tiquinho, nome que eu dei ao meu minúsculo cão, todos riram mas eu não estava nem aí para eles, o que eu queria mesmo era brincar com ele no meu quarto. Eu era a pessoa mais feliz do mundo ao lado dele.Nos primeiros dias Tiquinho não parava de latir, eram latidos estridentes que doía os ouvidos,porém ninguém reclamou, ou fez cara feia, ou murmurava ao contrário achavam até graça dos seus agudos latidos, que por sinal ecoava toda a casa. Passado uma semana continuava a mesma ladainha lá estava tiquinho com seus ensurdecedores latidos porém as meus pais nada falavam contra o meu cãozinho. Acho tinha medo de me magoar caso falassem mal do meu cãozinho pois eu me apeguei a ele de tal forma que parecia carne e unha.Ao passar um mês vi o meu pai cochichando alguma coisa para a minha mãe, quando cheguei perto o meu pai sorriu e me abraçou me dizendo:
Papai te Ama.
Ele me pegou nos braços e me rodou como pião, depois disse:
Vá brincar com seu cãozinho meu anjo.
Assim o fiz, fui andando em direção a sala papai continuou a conversando com Mamãe no mesmo tom de cochicho. Eu não sabia o que era mas também não me importava eu só queria fazer carinho no meu tiquinho de cão. No meu cão tiquinho, Brinco com as palavras pois brincava-mos todos os dias até tarde, certa noite quando estava-mos dormindo tiquinho ouviu um barulho, começou a latir depois parou, ninguém deu importância pois era somente os latidos costumeiros de tiquinho que meus pais presenciavam todas as noites e até sentiam –se embalados por aqueles agudos sons caninos.No dia seguinte a surpresa Tiquinho estava deitado junto a porta com imóvel dormindo um sono profundo descobri então que era o sono eterno, tiquinho fora envenenado, por um anônimo que não agüentava mais os seus agudos latidos.



Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo pereira ).

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A Prova.






















Augusto tinha 22 anos, era um rapaz religioso, estava prestes a se casar e sonhava em ser tornar um servidor público, se conseguisse a vaga seria estabilidade na certa, e então poderia comprar a sua desejada casa e viver em paz.

À renda de R$ 3.500,00 lhe enchia os olhos, porém sabia que a concorrência seria grande, Augusto estava disposto a derrotar o batalhão de pessoas sedentas por aquele instigador salário. Às vésperas da prova o sono já lhe fugia dos olhos, e a madrugada encarregava-se de marcá-lo sem nenhuma piedade com profundas olheiras que causava espanto para quem o visse.

Augusto estava decidido, era tudo ou nada, mas lá no seu íntimo o otimismo falava mais alto. Finalmente chegou o grande dia da prova, Augusto foi um dos primeiro a chegar ao local. A ansiedade tomava conta do seu corpo inteiro, Augusto tentava disfarçar, mas algo lhe sombreava a alma, parecia um presságio, mas a sua religiosidade não lhe permitia a crença em presságios, premonições, avisos do além etc.

A sua fé só lhe permitia acreditar que aquela estranha sensação era causada pela adrenalina. É isso só pode ser adrenalina (pensou Augusto) após respirar fundo buscou acalmar- se mantendo o pensamento positivo;

- Calma Augusto essa vaga já é sua é só uma questão de tempo calma.- Augusto pegou a prova e uma folha em branco para rascunho.

A prova começara e ali estava um ser extremamente ansioso escrevendo às pressas o seu nome para ganhar cada segundo do seu precioso tempo. Mas por ironia do destino se é que o existe, Augusto caiu no vale do esquecimento, em outras palavras deu “Branco.” Augusto estava atônito, empalidecido, quando der repente um pensamento veio lhe invadindo a alma, tal pensamento era tão assustador, tão cruel e tão podre que chegava arrepiar- lhe a espinha.

Augusto tentou conter – se, mas era em vão tal esforço, contra aquele maldito pensamento em forma de lobo que tentava a todo custo devorar sem nenhum pudor aquele inocente cordeiro, que já sentia o hálito emaranhado com um ranger de dente assustador que se aproximava em sua sensível garganta para dar o golpe fatal, porém numa tentativa desesperadora Augusto tentou se apegar ao divino, fazendo uma oração fechou os olhos na esperança de ver um anjo que viesse socorrê-lo daquela agonia, mas ao invés de ver um anjo Augusto via uma linda mulher nua, cavalgando em cima do seu corpo, como se fosse a prostituta mais famosa de Sodoma e Gomorra.

Sussurrava ao pé do ouvido as mais perfídias palavras, trazidas em seus lábios maliciosos e sedutores. - Deus do céu me ajude! - suplicou o rapaz, que agora estava numa espécie de transe extasiado com o sabor do mel e fel que misturava em sua boca, em sua mente sentia o horror, em seu corpo o prazer. Tudo isso agora foram se convertendo em culpa e pecado, pois o ato já havia sido consumado pelo desejo e por aquele sombrio pensamento.

As horas passavam e Augusto não tinha sequer respondido uma questão daquela cobiçada prova. Augusto estava cercado por trevas, mas uma vez num esforço sobre humano, relutava bravamente com unhas e dentes, parecia que tinha retomado as rédeas do raciocínio, mas aquele animal xucro era mais forte que Augusto e insistia em trilhar pelos labirintos podres e pervertidos que habitavam em Augusto.

A imagem daquela mulher de cabelos longos, seios fartos, voz mansa e um apetite sexual insaciável, repetiam inúmeras vezes só para tortura- lo. Em uma espécie de relance Augusto deixara escapar algumas palavras;

- Maldita foi à hora em que me deixei me levar pelos impulsos da carne e fui dar aquela espiadela, que juro por Deus jurava ser inocente, quase sem querer, mas agora era tarde demais para lamentações.

De repente aquelas imagens foram se transformando em setas pontiagudas que penetrava em cada poro de sua pele adormecendo cada parte do seu corpo causando uma espécie de formigamento quase insuportável. Augusto estava petrificado, perplexo estava vulnerável, atado de pé e mão, torturado por uma voz que lhe perturbava o juízo dizendo:

-Confessa, confessa! (a voz em tom de ameaça dizia), se você não confessar será pior! (a voz agora em tom mais brando dizia) Vamos, vamos, confessa!

De repente sai um longo suspiro da boca de Augusto como um sinal de rendição, após recuperar os movimentos da sua mão, que tremia como quem acabara de levar um choque de alta voltagem, augusto tentava escrever na folha com os dedos ainda tortos, e rosto empalidecido, e suado. Augusto escreveu as seguintes palavras:

- Senhor me perdoe porque pequei contra ti, há muitos anos que amo e desejo aquela mulher que o senhor sabe que relutei muitas vezes para esquecê-la. Mas é chegada à hora de confessar, pois não consigo mais esconder o que sinto por ela. Confesso que a paixão e o desejo apossaram de mim de forma avassaladora. Juro que sou capaz de cometer uma loucura só para ficar ao lado dela e possuí- La como mulher.

No entanto um grande abismo nos separa, mas uma vez por ironia do destino se é que o existe eu terei que me casar com outra mulher, mulher esta que não amo. Quero que saiba que se vou me casar com ela não é por amor e sim por remoço, contudo admito que o máximo que poderei possuir do meu verdadeiro amor é a sua doce voz dizendo:

- Boa noite! Durma com Deus e sonhe com os anjos meu amado filho.





Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira).

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Genealógico Diamante.




















Ò Árvore frondosa Que aguça o pulsar do Relógio da Vida

És tu Única e querida

Carregando os fios prateados que reluzem Por Toda parte

Levando luz e encanto ao meu esquerdo canto.


Digo sem medo e afirmo

És possuidora de hum amor imortal

Que carrega contigo no laço matrimonial.


Sou a criatura mais afortunada desse Tamanho ... Ò.

Pois tenho a mais fina jóia cravada em meu peito

Te Amo! Magnifico Diamante

De Nome forte e constante chamado VÓ.


Autor : Uésley Santos. (Arcanjo Pereira).

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Aos Arqueólogos da palavra.































Com a ferramenta do ofício eles escavam e desenterram as belas relíquias que seus antepassados a enterraram deixando para todos os herdeiros o legado da palavra.
Porém o que adianta tamanho valor se não sabem usufruír dos bens recebidos?
Do que adianta tamanha preciosidade se são lançadas ao vento em forma de palavras doentias?
Por acaso não infectam a muitos com terrível e mortal veneno?
Do que vale toda essa intelectualidade, se vocês já tem seus discursos prontos e suas opiniões formadas?
Será que os mortos apenas observam? ou se contorssem em seus túmulos por tamanha cegueira dos tolos que se acham vivos para enganar os outros com seus discursos pobres e patéticos? Por ventura não perceberam as falhas que trazem a tona no som de suas inseguras palavras? Expondo a mudez do seu pobre espírito?
Não seria ele revelado na nudez de um corpo vazio, sem vida e sem alma mostrando apenas sua casca?
Nascendo e se fortalecendo em um corpo sedento por elogios e palmas para manter vivo o seu égo?
Tornando - se mais um na multidão de necrópitos literários
Vagando perdido por aí?
Sois vós cadáveres soltos eufóricos na noite.
Perânbulando com seus mórbidos sarais
E com suas ampulhetas mortais
Preenchendo com tempo seus cérebros ocos.
Assim caminham muitos, que se dizem poetas,
Surdos e loucos, só querem falar, qualquer coisa pertinente ou não, que se dane os outros.
É com imensa alegria que dedico estas palavras a vocês violados túmulos de idéias insanas e podres, que se lançam em seus sepulcros caiados no qual escondem seus mortos vivos entitulados como, "ilustres doutores das leitras".


Autor: Uésley Santos. ( Arcanjo Pereira ).